Taxa de Desmatamento na Amazônia em 2024 Apresenta Redução Significativa

O desmatamento na Amazônia em 2024 caiu para 6.288 km², uma redução de 30,6% em relação ao período de agosto de 2022 a julho de 2023, segundo o sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

A redução também teve impacto positivo na emissão de gases de efeito estufa, com cerca de 359 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) deixando de ser emitidas em 2024. Apesar disso, o ano foi marcado por um aumento significativo nas queimadas, agravado pelas condições climáticas extremas, como altas temperaturas e secas severas. Essas queimadas intensificaram a degradação florestal, que não é contabilizada nas taxas oficiais de desmatamento, mas contribui para a perda de biodiversidade e para emissões de gases poluentes.

 

Apesar da boa notícia, o cenário apresenta desafios. Enquanto estados como Rondônia (-62,5%) e Mato Grosso (-45,1%) tiveram quedas expressivas, Roraima registrou um aumento de 53% no desmatamento. Além disso, a degradação florestal por queimadas ainda preocupa, especialmente num ano marcado por eventos climáticos extremos.

 

Além da Amazônia, o Cerrado também mostrou avanços. Após cinco anos de crescimento, o desmatamento neste bioma caiu 25,7%, somando 8.174 km² de área desmatada. Essa redução reflete ações direcionadas e maior fiscalização, embora ainda seja necessário intensificar medidas de proteção em regiões críticas como Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

 

Especialistas apontam que a queda no desmatamento é um avanço, mas alertam para a necessidade de manter e intensificar ações de fiscalização, principalmente para evitar que áreas degradadas pelas queimadas sejam posteriormente desmatadas. O desafio de combater simultaneamente o desmatamento e as queimadas é crucial para garantir a preservação da floresta e o combate à crise climática.